quarta-feira, 25 de junho de 2025

Governo do Rio Grande do Sul implementa Programa de Telemedicina Pediátrica neste inverno

Médicos com especialização em medicina intensiva pediátrica orientam sobre atendimento e auxílio às equipes hospitalares

O Programa de Telemedicina Pediátrica e Neonatal, desenvolvido pelo governo do Estado, por meio do Departamento de Regulação da Secretaria da Saúde (SES), entrou em funcionamento nesta terça-feira (24/6). O objetivo é realizar uma avaliação dos cadastros inseridos no sistema de regulação de acesso a internações hospitalares (Gerint) sobre o melhor encaminhamento dos casos neste inverno.

Médicos com especialização em medicina intensiva pediátrica orientam sobre atendimento e auxílio às equipes hospitalares de UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Enfermaria Pediátrica de hospitais que solicitarem, bem como de forma ativa abordando unidades onde se encontram os pacientes para auxiliar nas condutas possíveis para melhorar a evolução dos pacientes pediátricos e neonatais.

“Considerando o cenário epidemiológico da síndrome respiratória aguda grave (Srag) no Estado, especialmente durante o pico sazonal nos meses de inverno, foi considerada indispensável a estruturação de estratégias e ações que consolidem a assistência qualificada aos pacientes”, afirma a diretora de Regulação da SES, Suelen Arduin.

A diretora assinala a importância do programa, já desenvolvido nos invernos de 2023 e 2024, por orientar as equipes locais sobre a melhor conduta em cada situação, haja vista que nem todos os municípios contam com pediatras com experiência no tratamento de crianças com as manifestações mais graves das doenças respiratórias.

"O manejo adequado é fundamental para uma melhor evolução individual e coletiva, diminuindo a necessidade de transferências e de internação em leitos de terapia intensiva pediátrica. Trata-se de uma iniciativa fundamental para mantermos a qualidade de atendimento e evitarmos o incremento desnecessário da mortalidade na faixa etária pediátrica", conclui.

Expansão nos atendimentos

O programa de telemedicina pediátrica registrou uma expansão nos atendimentos em 2024, com um acréscimo nos encaminhamentos de transferência de terapia intensiva neonatal e enfermaria pediátrica, além da UTI pediátrica, em comparação ao ano de 2023.

Ao todo, foram realizadas 1.440 horas de atendimento especializado a 1.438 pacientes efetivamente atendidos via telemedicina pelo período de 120 dias, com monitoramento contínuo das ações e dos desfechos clínicos por parte da equipe da Central de Regulação Hospitalar.

Fluxo de atendimento da UTI Pediátrica

Diariamente, o telefonista auxiliar de regulação médica lista no sistema de telemedicina todos os pacientes que aguardam uma transferência inter-hospitalar e estão cadastrados no sistema de regulação Gerint, com solicitação de UTI neonatal, UTI pediátrica e enfermaria pediátrica.

Diante dessa informação, o médico pediatra teleconsultor realizará contato mediante agendamento com a equipe médica das unidades solicitantes, realizando troca de informações médicas, auxiliando no diagnóstico ou no processo terapêutico, sugerindo condutas pertinentes. A partir desse atendimento, o médico teleconsultor avalia a prioridade no processo regulatório, realiza o registro do atendimento no sistema Gerint e sistema de telemedicina e comunica ao médico regulador da Central de Regulação Hospitalar (CRH).

Texto: Ascom SES
Edição: Anderson Machado/Secom

Novos projetos na área de semicondutores atraem investimentos de R$ 1 bilhão e mais de mil empregos para o Rio Grande do Sul

O governador Eduardo Leite participou da formalização das parcerias na inauguração do escritório da Invest RS em São Paulo


Dois novos projetos na área de semicondutores, que contribuirão para os desenvolvimentos tecnológico e econômico do Estado, foram assinados na tarde de segunda-feira (23/6), no novo escritório da Invest RS em São Paulo. As formalizações foram realizadas com as empresas Tellescom Semicondutores e Chipus Microeletrônica e resultarão em investimentos de mais de R$ 1 bilhão e na geração de mil novos empregos.

O protocolo de intenções com a Tellescom envolve a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Invest RS e formaliza a destinação de parte de um terreno localizado no município de Cachoeirinha, para comercialização à empresa via incentivos do Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial (Proedi). O espaço será utilizado para a instalação de unidades de encapsulamento e teste de semicondutores.

Com um investimento de cerca de R$ 1 bilhão, o objetivo é construir uma fábrica focada na produção de componentes eletrônicos para as áreas de comunicações, automotivas e de computação avançada. O empreendimento busca fortalecer o setor de semicondutores na região e gerar mais de mil empregos qualificados diretos.

"Essas assinaturas marcam o avanço e a consolidação do programa Semicondutores RS, que tem três principais pilares: produção de conhecimento, atração de investimentos e formação de talentos. Portanto, podemos comemorar muito este momento, que é um símbolo da trajetória que estamos desenvolvendo", afirmou a titular da Sict, Simone Stülp.

O presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki, ressaltou que os novos empreendimentos representam um salto estratégico para o posicionamento do Rio Grande do Sul no cenário tecnológico: “É um movimento que consolida o Estado como protagonista na área de semicondutores e reforça nossa capacidade de atrair projetos estruturantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.”

Já o acordo de cooperação assinado com a Chipus refere-se ao apoio da Sict e da Invest RS na implantação no RS de um centro de pesquisa e desenvolvimento focado em microeletrônica. O local servirá para estruturar internamente a área de desenvolvimento de produtos semicondutores para computação escalável, que vem sendo amplamente utilizada para as aplicações de inteligência artificial e de computação quântica, com foco em design de chip e encapsulamento avançado.

A Chipus planeja lançar o centro em 2026, com um investimento estimado entre R$ 200 e 300 milhões ao longo de cinco anos, e irá submeter o projeto para edital conjunto da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que visa fomentar a expansão e a implantação de centros como esse em áreas estratégicas no Brasil. O centro também buscará obter diferentes fontes de receita para garantir sua sustentabilidade durante o período de investimento. Haverá a contratação mínima de 50 funcionários, sendo dez com mestrado ou doutorado. O prazo de execução é de até 36 meses.

A partir do Semicondutores RS, o Rio Grande do Sul é o único Estado brasileiro com programa de estímulo ao desenvolvimento do setor, o que irá acelerar os projetos já instalados e estimular novos investimentos. O programa busca atrair investimentos, fomentar a inovação e o desenvolvimento tecnológico e criar novas oportunidades de emprego e renda na área.

Texto: Ascom Invest RS
Edição: Secom

Um em cada 9 adolescentes usa cigarro eletrônico no Brasil

 







Pesquisa da Unifesp aponta tendência de aumento entre jovens

Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada esta semana apontou que um em cada nove adolescentes brasileiros afirma que usa cigarro eletrônico. O estudo ouviu cerca de 16 mil pessoas de 14 anos ou mais, de todas as regiões do país.

Segundo o levantamento, a quantidade de usuários jovens que usam cigarro eletrônico já é cinco vezes o total daqueles que fumam o cigarro tradicional. A pesquisa utilizou dados de 2022 a 2024 do Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad 3). É a primeira vez que cigarros eletrônicos entram no levantamento.

Apesar de o produto ser proibido no Brasil, a coordenadora da pesquisa e professora de psiquiatria da Unifesp, Clarice Madruga, ressalta que é muito fácil comprar o aparelho pela internet, o que amplia o acesso.

Outro problema, aponta a pesquisadora, é o risco à saúde, já que a inalação de substâncias altamente tóxicas, como a nicotina, é muito maior no cigarro eletrônico, se comparado ao cigarro tradicional. Clarice lamenta o retorno do crescimento do uso de cigarro, após o sucesso de políticas antitabagistas, iniciadas na década de 1990, que tinham freado o consumo.

"A gente teve uma história gigantesca de sucesso de políticas que geraram uma queda vertiginosa no tabagismo, mas que um novo desafio quebrou completamente essa trajetória. E a gente hoje tem um índice de consumo, principalmente entre adolescentes, muito superior e que está totalmente invisível”, afirma.

Os participantes ouvidos no estudo receberam a opção de serem encaminhados para tratamento no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Receitas de canetas emagrecedoras serão retidas a partir desta segunda

 










Medida visa proteger a saúde da população brasileira

A partir desta segunda-feira (23), farmácias e drogarias começam a reter receitas de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.

A categoria inclui a semaglutida, a liraglutida, a dulaglutida, a exenatida, a tirzepatida e a lixisenatida.

A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.

Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”.

A análise, segundo a agência, se baseou em dados de notificação do VigiMed, sistema disponibilizado pela Anvisa para que cidadãos, profissionais de saúde, detentores de registro de medicamentos e patrocinadores de estudos possam reportar suspeitas de eventos adversos relacionados a medicamentos e vacinas.

Em uma análise comparativa, o sistema de farmacovigilância, de acordo com a agência, sinalizou “muito mais eventos adversos relacionados ao uso fora das indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil do que os dados globais”.

Ao apresentar seu voto, em abril, o diretor-presidente substituto da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, destacou que o incentivo ao uso de canetas emagrecedoras apenas com finalidade estética, acompanhado de promessas e depoimentos de rápida perda de peso e sem o devido acompanhamento médico, coloca em risco a saúde dos usuários:

“Estamos falando de medicamentos novos, cujo perfil de segurança a longo prazo ainda não é totalmente conhecido. Por isso, é fundamental o monitoramento e a vigilância. O uso sem avaliação, prescrição e acompanhamento por profissionais habilitados, de acordo com as indicações autorizadas, pode aumentar os riscos e os potenciais danos à saúde.”

ENTENDA

Com a decisão da diretoria colegiada da Anvisa, a prescrição de medicamentos agonistas GLP-1, incluindo Ozempic, Mounjaro e Wegovy, deve ser feita em duas vias, e a venda só pode ocorrer com a retenção da receita nas farmácias e drogarias, assim como acontece com antibióticos.

A validade das receitas será de até 90 dias a partir da data de emissão, período durante o qual poderão ser utilizadas pelo paciente.

Farmácias e drogarias, por sua vez, devem incluir, no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), a escrituração da movimentação de compra e venda dos medicamentos.

Segundo a agência, a decisão não altera o direito do profissional médico de prescrever os medicamentos para finalidades diferentes das descritas na bula.

A prática, conhecida como uso off label, ocorre quando o médico entende que, para determinado paciente, os benefícios do tratamento superam os riscos.

“É uma decisão tomada com responsabilidade pelo médico e sempre com o devido esclarecimento ao paciente, garantindo que ele esteja bem-informado sobre o procedimento”, destacou a Anvisa.

USO INDISCRIMINADO

A retenção do receituário de canetas emagrecedoras já era defendida por entidades da área da saúde, incluindo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Em nota aberta, as entidades citam que o uso indiscriminado desse tipo de medicamento gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento.

“A venda de agonistas de GLP-1 sem receita médica, apesar de irregular, é frequente. A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém não a retenção da mesma pelas farmácias. Essa lacuna facilita o acesso indiscriminado e a automedicação, expondo indivíduos a riscos desnecessários”, destacou o documento.

Fonte: Agência Brasil